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segunda-feira, 15 de março de 2010

Jovem morre após cair de ônibus no Stiep

Negligência e imprudência de um motorista de ônibus. Essas são as prováveis causas da morte de Anderson Jacinto Bezerra, 23, aluno do 7º semestre de enfermagem do Centro Universitário da Bahia – FIB.
                                      Corpo de Anderson ficou mais de três horas na via pública



Por volta das 11h30 deste domingo, ele foi arremessado do coletivo da empresa BTU (placa JRY 1443, linha Stiep-Barra), que estava com a porta traseira aberta, numa curva da Rua Professor Manoel Ribeiro (Stiep). Outros quatro acidentes com veículos de transporte coletivo aconteceram, ontem, em Salvador, deixando pelo menos dez feridos.



Anderson estava com a namorada, Talita Damasceno, 20, quando pegou o ônibus. “Passei na catraca e sentei. Quando olhei para trás, ele não estava mais lá. Perguntei para o cobrador se ele tinha visto o rapaz que subiu atrás de mim, e ele disse que achava que Anderson tinha descido”, lembra Talita.



Ainda no ônibus, ela ligou seguidamente para o celular do namorado, que não atendia: “Muitas coisas passaram pela minha cabeça, e não entendi como ele poderia ter descido com o ônibus em movimento. Cheguei a mandar uma mensagem para o celular dele: ‘Anderson, cadê você? Você caiu?’.



Ao chegar num ponto do Iguatemi, Talita desceu do ônibus e recebeu uma ligação do celular do namorado. Era um amigo, que já estava no local e avisou que houve um acidente.



O motorista, Arnaldo Rosa de Almeida, e o cobrador, Gleidson Alves Souza, prestaram depoimentos contraditórios na tarde de ontem, na 9º CP (Boca do Rio), sem deixarem claro se houve ou não omissão de socorro, uma vez que o ônibus seguiu viagem mesmo após o acidente.



“O cobrador disse não ter visto que o rapaz tinha caído, e o motorista disse que o cobrador lhe contou que tentou segurar a mão do rapaz, antes de ele cair, mas só depois que Talita desceu do ônibus, no Iguatemi”, revelou o delegado, Márcio Vilas Bôas.




Homicídio - Ele informou que o motorista será indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar), por negligência (por ter deixado a porta traseira aberta – e imprudência – por ter acelerado para passar pelo semáforo, que ainda estava verde, antes de fechar a porta, conforme o próprio motorista falou em depoimento.



No caso do cobrador, haverá investigação para saber se ele realmente viu quando o rapaz caiu e não prestou socorro. A pena por homicídio culposo é de dois a quatro anos de prisão e a pena por omissão de socorro varia entre um e seis meses. Ambos responderão pelo inquérito em liberdade.

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