A seleção brasileira está eliminada da Copa do Mundo. Nesta sexta-feira (2), o Brasil perdeu para a Holanda de virada, por 2 a 1, e deixou o Mundial pela segunda vez seguida nas quartas de final. O jogo teve como principal protagonista o volante Felipe Melo, que deu o passe para o gol de Robinho, mas depois marcou um gol contra e foi expulso por agredir o holandês Arjen Robben.
Uma das principais convicções de Dunga caiu na eliminação brasileira: a de que Felipe Melo poderia segurar o seu temperamento difícil em um jogo de Copa do Mundo. O que grande parte do Brasil temia, aconteceu: a expulsão do jogador em um confronto decisivo.
Com o resultado, a Holanda faz a sua melhor campanha desde 1978, quando foi finalista do Mundial. A seleção europeia enfrentará o vencedor de Uruguai e Gana na terça-feira (6).
A vitória vingou as eliminações da Holanda contra o Brasil em 1994 e 1998. Agora, o confronto entre as seleções em Copas está empatado, já que o Brasil foi eliminado pelos holandeses também em 1974.
A Holanda começou o jogo no ataque e dominou a posse da bola nos primeiros dois minutos, mas não chegou com perigo ao gol de Julio César. O Brasil, pelo contrário, foi extremamente objetivo. No primeiro lance de perigo, aos 7min, Daniel Alves saiu na cara do gol e tocou para Robinho marcar, mas o árbitro anotou impedimento.
Na segunda chance, aos 9min, a seleção brasileira não perdoou. Felipe Melo deu lindo passe em profundidade para Robinho. O atacante brasileiro bateu de primeira na saída Stekelemburg e fez 1 a 0.
O jogo, que já era tenso, ficou ainda mais pegado após o gol brasileiro. O atacante holandês Arjen Robben se jogava ao chão em qualquer jogada e causava a ira dos brasileiros. Houve bate-boca em diversos momentos do primeiro tempo.
Aos 24min, o Brasil chegou novamente com perigo. Daniel Alves fez jogada na linha de fundo e cruzou por baixo. O zagueiro Juan se antecipou à zaga holandesa e chutou por cima do gol.
A Holanda não conseguia armar jogadas de perigo para a seleção brasileira. Com boa marcação, o Brasil fazia o adversário se perder nas jogadas. Robben estava bem marcado em sua perna esquerda, e Sneijder não aparecia no jogo.
O Brasil tinha maior posse de bola e tocava melhor. Aos 29min, a seleção de Dunga fez a jogada mais bonita do primeiro tempo e quase ampliou. Robinho deu pedaladas, fez fila na lateral esquerda e tocou para Luís Fabiano. O centroavante rolou de letra para Kaká, que chutou colocado no ângulo. Stekelemburg saltou e espalmou para a linha de fundo.
A seleção ainda chegou com perigo aos 44min, quando Maicon recebeu de Daniel Alves e chutou baixo, para nova defesa de Stekelemburg. O árbitro não viu o desvio e encerrou a etapa no tiro de meta.
As equipes voltaram sem alteração para o segundo tempo, tanto na escalação quanto na forma de jogar. O Brasil equilibrava a posse de bola e mantinha o mesmo ritmo de jogo, mas um vacilo da defesa proporcionou o empate aos 7min. Sneijder cruzou da direita, Felipe Melo atrapalhou a saída de Julio César e desviou contra o próprio gol brasileiro de cabeça, em jogada que não havia atletas holandeses por perto.
O gol assustou a seleção brasileira, que ficou na defesa por alguns instantes antes de recobrar a concentração no jogo. Aos 15min, Daniel Alves arriscou de fora da área e a bola passou com perigo. Logo em seguida, Dunga colocou Gilberto no lugar de Michel Bastos, que já tinha cartão amarelo e estava nervoso em campo.
O Brasil continuou mal distribuído em campo, mas chegava com perigo em algumas jogadas individuais do lateral-direito Maicon. Foi assim aos 20min, quando, após um avanço dele, Kaká finalizou com perigo.
Aos 22min, no entanto, o Brasil tomou o segundo gol em nova desatenção. Robben cobrou escanteio, Kuyt desviou para trás e Sneijder, livre, cabeceou para as redes.
Cinco minutos depois, a seleção afundou. Felipe Melo, um dos jogadores mais contestados do time devido ao seu temperamento, pisou em Robben no chão e foi expulso.
O Brasil teve duas chances de marcar em cobranças de escanteio aos 36min, enquanto a Holanda assustou com chute de Sneijder dois minutos depois. Kaká também teve uma oportunidade em um contra-ataque, mas foi travado pela zaga na hora do chute.
Sem inspiração e nervosa, a seleção não conseguiu mais se recuperar, mesmo com a entrada de Nilmar no lugar de Luís Fabiano. Agora, só em 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou comente.
O jornal online agradeçe pela sua visita.