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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Panamericano: 'Quem perde é Silvio Santos', diz diretor do Banco Central

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffmann, falou sobre a inconsistência no balanço do banco Panamericano, sobre as mudanças na diretoria e sobre os impactos que o caso causou no mercado, nesta quarta-feira, em entrevista coletiva à imprensa. Para ele, o único que sai perdendo na história é o próprio Silvio Santos, dono do banco.




Hoffmann disse que as inconsistências encontradas no balanço do banco Panamericano, que causou a necessidade de injeção de R$ 2,5 bilhões na instituição financeira, foram identificadas há seis semanas, e logo após a descoberta o Banco Central começou as investigações. O diretor não quis classificar como fraude as divergências encontradas e diz que não sabe se foi intencional, pois eles não têm elementos suficientes ainda para entender por que fizeram isso.



Quando perguntado sobre o impacto que a venda de créditos iguais para mais de uma instituição irá causar, o diretor disse que não vai ter impacto nenhum, porque o valor correspondente vai ser absorvido pelos R$ 2,5 bilhões.







- Sidney Rezende comenta: 'A Hora da verdade para Silvio Santos'



Alvir Hoffmann alegou que o Banco Central não interfere nos negócios que os agentes do sistema fazem, pois qualquer banco pode comprar outro banco e só depois disso que o Banco Central entra em ação e se submete às investigações.



Ele afirma que existe uma lei que foi aprovada em 2009 que garantiu a possibilidade de bancos públicos comprarem também, o que foi uma estratégia de negócios de bancos em geral, que não cabe a eles interferir, pois eles estão dentro da lei.



"O Banco Central não liquidou o banco porque seria uma arbitrariedade", disse o diretor, que também afirmou que os controladores substituiram toda a diretoria, e que com isso o mercado vai ver a instituição como confiável.


Fonte: SRZD


Silvio Santos: a hora da verdade





Depois de tomar conhecimento da quebra do Banco Panamericano, amigos do "SBT" me ligaram para saber minha opinião sobre o futuro empresarial de Silvio Santos. "Explica, por favor, o que está acontecendo, Sidney", disse um deles visivelmente preocupado.



É justo que a incerteza paire sobre a cabeça de funcionários, terceirizados, fornecedores, clientes, investidores e o mercado em geral. Eu tentarei dar minha visão sobre o problema.



Comprovadamente o banco forjou uma situação contábil que não possuía. E com sua debilidade expôs ao risco o patrimônio do empresário Silvio Santos. Por que será que grandes empresas de auditoria que trabalharam com os números do grupo não viram o que estava acontecendo com prudente antecedência?



E agora? Para provar que tem saúde financeira para passar este mau momento, Silvio Santos deu como garantia suas 44 empresas.



Não cabe citarmos todas elas, mas só como ilustração, o Grupo SS atua em setores distintos e compõe o conglomerado empresas conhecidas e outras nem tanto: Sistema Brasileiro de Televisão (SBT); SBT Filmes; SBT Music; Banco PanAmericano; Braspag; Liderança Capitalização; Tele Sena; BF Utilidades Domésticas Ltda; Lojas do Baú Crediário; Centro Cultural Grupo Silvio Santos; TV Alphaville; Hotel Jequitimar; SiSAN Empreendimentos Imobiliários; Jequiti Cosméticos; Maricultura NetunoFrutivita - Exportadora de lagostas, camarões e uvas; Perícia Corretora de Seguros; Vale Saúde - Plano de Saúde; AutoPan - Classificados online; PanAmericano Viagens.


Silvio Santos terá que obter lucro em todas as suas empresas, já que não contará mais com o Panamericano, que até já tem novos controladores. E suas empresas é que pagarão o empréstimo ao Fundo Garantidor, ou seja, aos banqueiros.



Se suas empresas forem de fato sadias, e tudo indica que sejam, elas é que cumprirão os compromissos nos próximos 12 anos que perfaçam R$ 2,5 bi. Silvio Santos já é idoso e terá que enfrentar esta pedreira pela frente. Banqueiros não são mansos na hora de cobrar.



Se me permite um exercício de lógica, as empresas terão que ser ágeis, lucrativas, enxutas, modernas e eficientes. Toda gordura terá que ser cortada "ontem".



Em linguagem simplificada, todos os meses o carnê do Fundo Garantidor baterá na porta de Silvio. E para pagar rigorosamente em dia, ele terá que ter dinheiro, que virá da eficiente administração dos executivos da sua organização. A hora será da turma do "Bope Financeiro".



E se não conseguir? Bem, aí eu deixarei que você, leitor, faça o seu exercício de lógica.




 

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