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terça-feira, 17 de abril de 2012

Professores continuam parados




Noemi Flores REPÓRTER

 Mesmo com o decreto do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA)  considerando a greve dos professores estaduais ilegal e o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, Ricardo D’ Ávila, conceder a liminar pleiteada pelo Governo do Estado, por meio da Procuradoria Geral do Estado, favorável à ilegalidade, a paralisação deflagrada desde quarta-feira passada (11) vai continuar, sendo decidida na quinta-feira, dia que está marcada assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).

A diretora da APLB Marilene Betrus declarou  que “nós não recebemos nenhuma notificação, soubemos pela imprensa. Quando a APLB for notificada vamos reunir o comando para fazer uma avaliação”, explicou a sindicalista . Ela justifica: “a greve foi deliberada em assembleia e só pode ser decidido o fim em outra assembleia que já estava marcada para a próxima quinta-feira”, informou.
 
Na quarta-feira já está agendado também um ato, às 9 horas, da categoria em frente à Governadoria no  Centro Administrativo da Bahia (CAB) para pressionar o governo que já está “com o documento da reivindicações na mão e diga como vai cumprir”, afirmou a diretora.
 
De acordo com a APLB  o governo do estado informou que enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei para o pagamento do piso salarial, que é constitucional, retroativo a janeiro de 2012, cujo valor apresentado pela presidente Dilma é de R$ 1.451,00, para professores de nível médio (primário), para uma jornada de até 40 horas. 
Ao invés de aplicar sobre o salário base, que é R$ 1. 197,98, a partir de janeiro, o percentual de 22.22%, que resultaria num salário base de R$ 1.451,00, o governo fez outra opção que vai prejudicar milhares de professores primários, de licenciatura curta e não-licenciados, ativos e aposentados.
 
A categoria entende que conquistas históricas, desde a época da ditadura militar, conseguidas a custa de muito suor, sangue e até mortes, tais como: regência de classe, adicional por tempo de serviço, avanço horizontal, incentivo à qualificação e aperfeiçoamento profissional e atividade complementar (AC) serão extintas da remuneração desses professores e transformadas em subsídio, cujo valor total será R$ 1.659,70. 
 
Com esse valor, o governo afirma que pagará acima do piso, mas na realidade os professores não terão nenhum reajuste e ainda perderão vantagens e dinheiro, acabando a carreira e penalizando os professores que têm licenciatura plena, especialização, mestrado e doutorado.

Fonte.: Tribuna da Bahia

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