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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Corpo desaparece de jazigo em cemitério

O cabo da Marinha Arlindo Pereira Júnior, 27 anos, tem o hábito de levar flores para o túmulo da avó, Angélica Maria Costa, que morreu com 91 anos e foi enterrada no Cemitério Parque Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília. Neste domingo, durante o velório da mãe dele, a professora Angélica Joventina Costa, 61, que faleceu no sábado, vítima de câncer no ovário, Arlindo e sua família descobriram que o corpo da avó não estava mais no jazigo perpétuo onde foi enterrado, em 2009.




O espaço foi comprado pelos parentes há dois anos, por R$ 5,6 mil. Os coveiros ainda reviraram outras duas sepulturas vizinhas, mas não localizou o caixão de Angélica Maria Costa. “Não sei onde enterrar a minha mãe e não sei onde o corpo de minha avó foi parar”, indignou-se o estudante de engenharia civil Rodrigo Costa Santos, 26.



Quem primeiro percebeu que o corpo da avó não estava na sepultura foi Lueica Fernanda Morais, 26, que é sobrinha da professora Angélica. “Eles ainda abriram uma cova vizinha, mas o caixão era branco e o que minha avó foi enterrada era marrom”, relembra. Os parentes não se conformam com a maneira pela qual dizem que foram tratados pela gerente-administrativa do Cemitério Bosque da Paz, que se identificou somente como Vera.



Os parentes da professora ameaçaram também impedir os outros sepultamentos caso o problema deles não fosse resolvido. Policiais militares foram acionados e dialogaram com os familiares de Angélica, que desistiram da ideia. Por volta das 14h, o diretor do Bosque da Paz, Antônio Marcos Lobato, o advogado Sílvio Ismerim e outros membros da administração do cemitério se reuniram com Rodrigo Costa e Felipe Venâncio, que é advogado e amigo da família de Angélica.



Atraso - A reunião só acabou às 15h30 e os parentes aceitaram enterrar Angélica em uma sepultura que não é da família, com o cemitério se comprometendo a descobrir o paradeiro do corpo, mas não deram prazo para a solução deste mistério. O cemitério devolveu R$ 660 à família e os outros custos foram pagos por um seguro-funeral feito por Angélica em vida.



“Este problema nunca ocorreu neste cemitério. É inédito. Vamos investigar o que ocorreu. Às vezes, um funcionário vai limpar as covas e pode trocar as lápides”, disse Sílvio Ismerim, advogado do Bosque da Paz. Nem a administração do cemitério nem a gerente Vera aceitaram falar com a imprensa.



O corpo de Angélica só foi sepultado às 16h, quase seis horas depois do previsto.

A Tarde§

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