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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Aulas são suspensas em "Salvador" e Lauro de Freitas

A Prefeitura de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), decidiu suspender as aulas da rede municipal de ensino nesta quinta e sexta (dias 8 e 9). A chuva no município destruiu o telhado de seis escolas. A decisão foi tomada no mesmo dia em que a Prefeitura de Salvador também cancelou seu dia letivo por conta do mau tempo.


Em Lauro de Freitas, no bairro Areia Branca, duas pessoas foram atingidas por telhas e ficaram feridas. Dezenas de casas foram destelhadas na mesma localidade. A defesa Civil registrou também a queda de árvores e postes em diversas áreas.



Os locais mais atingidos foram as Avenidas Luis Tarquínio, a Lagoa dos Patos (no Centro), a Jaime Vieira Lima (no Caji, onde o nível da água passou de um metro) e Boca da Mata, em Portão. A Secretaria de Trânsito e Transporte interditou sete vias, entre elas a Luis Tarquínio, a Mário Epinghaus e a Beira Rio, todas com grande fluxo.







A internauta Camila Matos, de 27 anos, moradora da Rua Clemerson da Fonte, em Vilas do Atlântico, registrou a imagem do jardim de sua residência após o temporal desta quinta. O nível da água ultrapassou um metro e destruiu o portão. “As pessoas que moram aqui estão ilhadas”, relatou.



Capital – Em Salvador, a suspensão das aulas nesta quinta afetou 414 escolas espalhadas pela cidade e deixou cerca de 151 mil alunos em casa. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, a medida é preventiva e foi tomada porque as unidades municipais estão localizadas em sua maioria em áreas que mais sofrem com a chuva.



O cronograma será mantido na rede estadual, apesar de duas escolas no bairro de Mussurunga estarem fechadas. Parte do teto do Colégio Raul Sá foi atingido por galhos de árvores e o muro caiu na Escola Newton Sucupira.









Clima – A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que o tempo chuvoso continue até sábado, 10. A frente fria deverá deixar a temperatura entre 24º e 31º C na capital baiana.



Até as 19h57, a Codesal atendeu 448 solicitações de emergência, sendo 25 alagamentos de área, 67 ameaças de desabamento de imóvel, cinco ameaças de desabamento de muro, 123 ameaças de deslizamentos de terra, 102 ameaças de queda de árvore, 20 árvores caídas, uma avaliação de área, três avaliações de imóveis alagados, três desabamentos de imóvel, dois desabamentos de muro, 14 desabamentos parciais, 70 deslizamentos de terra, três galhos de árvores caídos, duas orientações técnicas e uma pista rompida.



De acordo com o órgão, Castelo Branco, Tancredo Neves, Águas Claras, Sussuarana, Paripe, Federação e Mussurunga I foram os bairros mais atingidos.



Já a Superintendência de Transporte de Salvador (Transalvador) informou que o retorno em frente ao hipermercado Bompreço na Vasco da Gama está interditado devido a uma obra realizada pela Embasa, o que causa uma lentidão no trânsito.



Na Rua Luis Maria, na Calçada, o trânsito está congestionado por conta de alagamento. Nas demais ruas e avenidas da capital, o tráfego flui normalmente e não há registro de retenções. O órgão orienta aos motoristas a redobrarem a atenção para evitar acidentes.



Estragos – Na Rua da Glória, em Águas Claras, moradores tiveram suas casas alagadas e seus móveis, colchões e eletrodomésticos destruídos. No início da manhã, queimaram pneus e lixo em protesto contra a inundação dos imóveis.



No início da tarde, a situação piorou. Entre 12h40 e 14h, o nível da água passava de um metro nas residências. O trânsito ficou lento por causa de grandes poças que se formaram no trecho entre a Rua da Glória e a Rua Celika Nogueira, deixando o trânsito lento na região.



Em São Marcos, na Rua Djalma Sanches, desabou o teto da residência do Office Boy Gilmárcio Dantas, 29 anos. Ao perceber que a telha de eternit estava prestes a cair em cima de sua filha, Gilmárcio protegeu a menina, mas acabou com a cabeça ferida. Ele estava em casa com a esposa e três filhos, que nada tiveram. Gilmárcio perdeu todos seus pertences que foram destruídos pela água que inundou o imóvel.



Alerta – A Defesa Civil informa que as famílias em área de risco devem ficar atentas caso aconteçam deslizamentos de terra ou surjam rachaduras em imóveis. Nesses casos, a orientação é sair do local imediatamente e procurar abrigo.



Outra recomendação é que as pessoas fiquem atentas ao passarem próximas de árvores e postes que podem sofrer quedas ou inclinações durante a chuva. É preciso estar alerta ao volume de água dos córregos e rios que cortam a cidade. Em caso de elevação no volume de água, a recomendação é ir a um lugar seguro para se abrigar. Na ocorrência de alagamento próximo à residência, deve-se abandonar o local.



A Defesa Civil atende pelo telfone 199 em sistema de plantão por 24 horas.



Falta de energia – As chuvas também deixaram diversos bairros sem o fornecimento de energia. Os locais mais afetados foram Barra, Brotas, Cajazeiras, Itapuã, Mussurunga, Periperi, Pituba, e, na Região Metropolitana, em Camaçari, Candeias, Guarajuba, Lauro de Freitas, e Simões Filho.



A Coelba tem priorizado os serviços em clínicas e hospitais, além de áreas com maior número de consumidores. O teleatendimento da concessionária foi reforçado para ampliar a capacidade de atendimento.



A Coelba orienta também aos seus consumidores que, ao acessar o 0800 071 0800 para informar sobre interrupção no fornecimento de energia, digitem a opção 2 (falta de energia), que permite agilizar o registro da solicitação sem que haja necessidade de falar com um atendente.

Fonte A TARDE On Line.

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